quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Ser tosco não é avant-garde

Pelo jeito não é só no Brasil que o povo acha hype ser tosco.

Tava fuçando no youtube outro dia e conheci esse moço chamado Ariel Pink:





Com minha queda por esquisitices adorei esse som meio Sisters of Mercy meets chá de Santo Daime, mas pensei: poxa, que pena que o áudio está ruim, deve ser por causa do Youtube. Então baixei o disco do Ariel Pink que tem essas duas músicas (Doldrum, de 2004) e surpresa! A qualidade do áudio é exatamente a mesma (e olha que baixei em 320 Kb).

Não entendo o que leva um artista a, em pleno século 21, fazer um trabalho tosco assim. Fico especialmente puta por se tratar de alguém com ótimas ideias. Me resta agora imaginar como seriam as 15 faixas de Doldrum caso não estivessem soterradas por chiados, sons abafados e distorcidos muito além do necessário para dar a devida aura de esquisitice ao negócio (esquisitice que eu adoro, aliás).

Ariel, sweetheart, custa comprar um Protoolszinho? Pode ser até um pirata baratinho lá da Santa Ifigênia...

PS: estou, aos poucos, voltando à vida. Segunda-feira entrego meu TCC e terei tempo e cabeça para postar aqui.