quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

440Hz: Horizonte de eventos Tommy Hilfiger

Tô relendo o ótimo livro Pattern Recognition, do pai do cyberpunk William Gibson, e um parágrafo em especial chamou minha atenção. Usando a grife Tommy Hilfiger como exemplo (o livro trata muito de marcas, principalmente as de roupa), Gibson comenta o fenômeno da diluição:

This stuff is simulacra of simulacra of simulacra. A dilucted tincture of Ralph Lauren, who had himself diluted the glory days of Brooks Brothers, who themselves had stepped on the product of Jeremyn Street and Savile Row, flavoring their ready-to-wear with liberal lashings of polo kit and regimental stripes. But Tommy surely is the null point, the black hole. There must be some Tommy Hilfiger event horizon, beyond which is impossible to be more derivative, more romoved from the source, more devoid of soul. Or so she hopes, and doesn't know, but suspects in her heart that this in fact is what accounts for his long ubiquity.
(Tradução do negrito: Deve haver um horizonte de eventos Tommy Hilfiger, além do qual é impossível ser mais derivativo, mais distante da fonte, mais desprovido de alma)

Aí fiquei pensando: E na música, quais seriam os casos extremos? Até agora não consegui achar nenhum que tivesse três fases de diluição, mas alguns artistas são tão profissas na arte de diluir que de uma tacada só já transformam vinho em água. Vejamos:

Metal Progressivo/Metal Melódico/ Power Metal e afins

Nos anos 70, bandas como Yes e Emerson Lake & Palmer começaram a misturar música clássica dos séculos 18 e 19 com guitarras e sintetizadores. Uma ótima maneira de afetar erudição: pegar o que o gosto ocidental já digeriu e devolver como novidade em uma época em que compositores como Stockhausen já haviam mandado os conceitos tradicionais de melodia, harmonia e ritmo pro espaço. E aí os rédibenguers aproveitaram o que o Yes e o ELP tinham de mais insuportável, elevando à décima potência o vistuosismo vazio e a necessidade de explicitar a influência (pseudo)erudita. E ao trocarem o rock pelo metal acrescentaram à já deprimente receita vocalistas castratti, guitarristas que não entenderam a diferença entre música e fórmula 1 e, nos piores casos, letras falando sobre dragões, espadas e gnomos.



Cantores líricos pop

Quando os três tenores e Monserrat Cabalet resolveram fazer duetos com artistas pop, abriram a porteira para um dos fenômenos mais trash dos anos 90, o dos cantores líricos pop como Andrea Bocceli e Sarah Brightman, que vendiam pastiche da pior espécie travestido de música erudita. A coisa se espalhou e até no Brasil a moda chegou. Lembram daquela dupla Rinaldo & Liriel, que se apresentava no Raul Gil? Não? Então vou refrescar sua memória:



Emerson Nogueira

Esse cara deveria ganhar o título de diluidor universal, porque ele consegue transformar toda e qualquer coisa em música de barzinho, e assim The Police soa exatamente como Toto, que soa exatamente como Supertramp, que soa exatamente como Eagles... O engraçado disso tudo é que ele não se apresenta em barzinhos em que as pessoas ficam frustradas de ter que pagar 5 reais pra ouvir essa merda, ele se apresenta em casas de show grandes em que as pessoas ficam felizes de pagar 50 reais pra ouvir essa merda.



Mais algum??

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O amor é lindo - e barulhento

Aproveitando o dia do Valentim, uma listchinha dos meus casais favoritos do mundo da música (e além):

1. Thurston Moore e Kim Gordon
Se casaram e montaram a melhor banda do mundo. Só isso.


Sonic Youth - Titanium Expose
Enviado por Sonic-Youth. - Veja os últimos vídeos de música em destaque.


2. PJ Harvey e Nick Cave
Fico triste que essa relação não tenha durado muito, porque curto quando duas pessoas estranhas se unem. No início de suas carreiras, tanto PJ quanto Cave faziam canções viscerais sobre amor e a obsessão que o acompanha (tipo este melô da romântica psicopata). Até onde eu sei, a única colaboração artística é a música Henry Lee, que tem o vídeoclipe mais sexy da história:



3. Lou Reed e Laurie Anderson
Lou Reed chegou a fazer tratamento com choque elétrico quando adolescente pra controlar seus "impulsos homossexuais" e foi casado com uma travesti. Aí, quando já era um senhor de certa idade, resolveu sossegar ao lado de Laurie Anderson, que, como ele, é uma lenda da vanguarda novaiorquina. Eles funcionam no esquema "cada um no seu quadrado", mas às vezes fazem uns shows juntos:



4. Michael Gira e Jarboe
Fico triste quando lembro que eles não estão mais juntos, porque perto deles PJ Harvey e Nick Cave são a quintescência da normalidade. Só pra ter uma ideia: Michael Gira conta que se mudou pra Nova York porque achava legal a cidade ser infestada por ratos gigantes e Jarboe certa vez disse que iria fazer uma trepanação - não sei se chegou as finalmentes. Ah, e eles tocavam juntos numa bandinha aí chamada SWANS:



5. Kurt Cobain e Courtney Love
Sou uma das poucas fãs de Nirvana que não odeia a Courtney Love - quer dizer, a Courtney Love de hoje eu acho o fim do mundo, mas ela era bem legal na época em que cantava "and the sky was all violets/ i want again but violent, more violence" - aliás, dizem que esse disco foi inteiro feito pelo Cobain, vai saber... O fato é que eles se conheceram trocando socos em um bar. Algum tempo depois, ela deu de presente pra ele uma caixinha com vários mimos, incluindo um pedaço de pano que havia esfregado na xana. E algum tempo depois, eles se casaram no Havaí: ele de pijama e ela com um vestido da atriz Francis Farmer, que foi internada num manicômio.



6. Patti Smith e Robert Mapplethorpe/ Patti Smith e Jim Carroll
Conheço quase nada do fotógrafo Robert Mapplethorpe ou do escritor/cantor Jim Carroll, mas a Patti Smith é fodona e a história que une os três é mais foda ainda. Patti casou com Robert, ele descobriu que era gay e começou a namorar um cara, mas continuou morando com Patti por mais um tempo - e foi aí que ela começou um caso rápido com Carroll. Mas a parte punk da história é a seguinte: durante a tarde, enquanto Patti estava trabalhando numa livraria (ela nem cantava nessa época), Robert e Carroll faziam programa juntos, Robert pra pagar o aluguel e Carroll pra comprar heroína. Detalhe: ela sabia de tudo. Detalhe 2: depois disso ela ainda casou com Allan Lanier, do Blue Oyster Cult, e com Fred Sonic Smith, ex-MC5.



7. Marina Abramovic e Ulay
Casal não-musical mas provavelmente o mais punk da lista. Quando eles se conheceram, Marina fazia performances envolvendo fogo, facas e armas, e Ulay explorava questões de gênero - metade do rosto dele era masculina e outra metade feminina, um troço bem estranho. Aí eles começaram a namorar e a fazer performances juntos, entre elas Relation in Time, em que passaram 17 horas presos um ao outro pelo cabelo:

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Clássicos do dia 7: Metal Machine Music - Lou Reed



O urinol de Lou Reed

Na sexta-feira, dia 4 de fevereiro de 2011 fiz uma resolução: iria ouvir de uma só vez os quase 65 minutos de Metal Machine Music – e tentar não entrar em colapso durante o processo.

Figura fácil em listas de piores discos de todos os tempos, esse álbum duplo lançado por Lou Reed em 1975 é barulho em estado bruto, uma torrente amorfa de distorção, feedback, ruídos de fitas em rotação acelerada e microfonias capazes de matar um chiuaua. Perto dele, qualquer disco do Sonic Youth parecer canto gregoriano. E não é nem uma experiência transcendental, em que lampejos de beleza despontam do aterro de barulho – como é com Glenn Branca e os eletroacústicos. MMM está na mesma categoria de Leng Tché e Delirium Cordia (discos sobre os quais falei aqui): é terrorismo sonoro, tortura por meio de frequências. Aliás, é pior que os outros dois discos, pois aqueles ainda têm uma narrativa (ainda que narrativa de filme de terror gore), enquanto MMM vai do nada a lugar nenhum – e ainda leva parte da lucidez e da audição do ouvinte no caminho. Então por que Lou Reed lançou essa porra e, até hoje, sai pelo mundo fazendo shows com um “repertório” semelhante? Ato de rebeldia/sadismo? Provavelmente. Mas não é só isso.

A arte possui suas limitações, suas fronteiras (claro, se não houvesse fronteira nenhuma, tudo seria arte, portanto nada seria arte, e portanto ela nem existiria). Artistas de importância, aqueles lembrados por séculos a fio, são justamente os que alargam essas fronteiras. Na maioria das vezes, isso é feito de maneira sutil, uma transformação lenta e gradual. Mas de vez em quando acontece de um louco criar uma obra com linguagem tão distante das antigas fronteiras que a primeira reação do público será um berro de “Isso não é arte!”. Essas são as obras de vanguarda.

A função delas não é propiciar experiências prazerosas ao público, e sim abalar suas estruturas psíquicas, fazendo toda uma sociedade rever seus conceitos de arte e beleza. A alegoria é meio boba, mas imaginemos a arte como um círculo. Num momento x ele tem 20 km de diâmetro. A expansão abrupta provocada por alguma obra de vanguarda faz com que o círculo passe a ter 25 km de diâmetro. E o que isso significa? Significa que tudo o que existe nesses 5 km passa a ser possível. Dessa maneira, Metal Machine Music, de 75, pavimentou o caminho para a no wave, o Sonic Youth, as sinfonias de guitarra de Glenn Branca, a música industrial.

Metal Machine Music é comparável ao urinol de Duchamp: feio, incômodo e aparentemente sem sentido, porém absolutamente necessário para o que entendemos hoje como arte.
Aqui estão alguns reviews legais de MMM. O primeiro, do Lester Bangs, é impagável:

http://www.rocknroll.net/loureed/articles/mmmbangs.html

http://www.guardian.co.uk/music/2010/apr/11/morley-lou-reed-metal-machine

http://www.rollingstone.com/music/reviews/album/2747/21123

ps: A quem interessar possa, saí ilesa da experiência de encarar MMM. Agora, se eu vou escutá-lo de novo? Talvez... mas não nessa encarnação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Música instrumental brasileira não-coxinha

Certamente, a forma musical mais importante no Brasil é a canção (e aí não estão só Chico Buarque e Tom Jobim, mas também Tati Quebra-Barraco, Ratos de Porão, "Fugidinha com você" etc). Mas, de uns anos pra cá, está rolando um fenômeno bem legal de bandas jovens de música instrumental. E se ao ler a expressão "música instrumental" você já ficou com medo, imaginando uma legião de almofadinhas desfilando escalas mixopentahiperdóricas sobre a base de "Wave", CALMA. Porque essa nova geração da música instrumental não tem nada a ver com isso. Começa que as bandas não massacram clássicos da música brasileira que já foram massacrados 3865846 vezes antes e por isso hoje se tornaram insuportáveis (você consegue ouvir as quatro primeiras notas de "Wave" sem querer matar alguém? Eu não). E também não têm medo de distorção. E, o melhor de tudo, abandonaram a figura do solista virtuosi e apostam em uma linguagem em que o som da banda como um todo é mais importante que a exibição do umbigo de cada integrante. A seguir, algumas delas:

Hurtmold
Já falei dela aqui e é a veterana dessa geração. Perdeu uns pontos ao se tornar a banda base do Marcelo Camelo, mas ganhou todos os pontos do mundo quando alguns integrantes acompanharam Pharoah Sanders no show putaqueopariu que o mestre do free jazz fez em São Paulo no ano passado. O trabalho-solo do baterista/trompetista Maurício Takara também merece atenção.





A Banda de Joseph Tourton
Molecada do Recife que mostra que a competência juvenil pode ir alguns milhares de passos além da Mallu Magalhães. Ok, eles não têm 15 anos, mas também não passam muito dos 20. E fazem um som que passeia por guitarras noise, flautas bossa-nova e escaletas - sem nenhum "tchubaruba" no meio.



Macaco Bong
O som do Macaco Bong é mais calcado no rock, ainda que não tenha nada a ver com a forma estrofes-ponte-refrão. Entrevistei os caras ano passado (a matéria deve sair em breve na +Soma) e o guitarrista Bruno Kayapy disse uma das melhores frases que já ouvi de entrevistado: "Adoro Pat Metheny, mas eu considero esteticamente o Cannibal Corpse uma das melhores bandas".



Rá! E eles também curtem Nirvana!!! (acabei de descobrir esse vídeo, por isso a animação)



Satanique Samba Trio
Na minha humilde opinião o SST é o mais foda de todos. A banda tem uma proposta estética diferente das que citei anteriormente: enquanto as composições daquelas são (ou ao menos parecem ser) resultado de horas de jam session e correm fluidas, indo aos poucos de um clima x para um clima y, o Satanique Samba Trio trabalha com blocos sonoros que se alternam bem rápido e têm bastante influência da música nordestina. Resumindo: é tipo um John Zorn do cangaço. Fora que uma banda que batiza suas composições com títulos como "Lambada Post-Morten" e "Cabra da Peste Negra" ganharia meu eterno respeito mesmo se soasse como Maria Rita fazendo samba.


(ah, esqueci de dizer que o Satanique Samba Trio montou um trio elétrico e vem promovendo "micaretas do capeta" na capital federal. Precisa mais?)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Joguinho das semelhanças

Eis que o blog (bem legal, por sinal) Música Para Seus Ouvidos lançou um pacote de resenhas de discos pesadões de 2010 e logo o primeiro texto é sobre o mais recente do Swans - e é sempre legal quando as pessoas lembram do Swans. Mas enquanto eu lia o texto, também comecei a me lembrar de algo: da resenha que eu fiz desse disco em agosto de 2010 pro Rraurl. Acontece que o texto do MPSO está estranhamente parecido com o meu. Aqui vão alguns trechinhos que não me deixam mentir (os do MPSO estão em azul e os do meu, em vermelho):

Antes do lançamento do novo álbum do Swans, o vocalista e líder Michael Gira fez questão de frisar que isto não significaria apenas uma reunião. Como tudo o que faz na vida, Gira, de cara feia, foi logo afiando a sua língua maldita: “não é um ato de nostalgia imbecil!”.

Após um hiato de 13 anos, a banda Swans voltou à ativa no começo de 2010 e agora está lançando um disco novo, My Father Will Guide Me Up a Rope to the Sky. [...]... o vocalista/guitarrista Michael Gira deixou bem claro no site da gravadora Young God Records que "ISSO NÃO É UMA REUNIÃO. Não é um ato de nostalgia imbecil. Não é repetir o passado. Após cinco álbuns do Angels of Light (banda que Gira formou depois do fim do Swans), eu senti necessidade de seguir EM FRENTE, em uma nova direção, e reavivar a idéia do Swans está me permitindo fazer isso".

Para quem não sabe, o Swans é daquelas bandas espetaculares que surgiu no começo da década de 1980, junto com Sonic Youth e afins, e ficou eternamente no submundo adorado por pessoas do submundo. Em seus primeiros anos de sons extremamente pesados e sombrios, com características mais ligadas ao metal, o grupo foi amaciando e modernizando a sua música, mas sem nunca sair do underground. As coisas ficaram mais bem trabalhadas, o que não significa que ficaram alegres e sorridentes.

O Swans foi formado na Nova York em 1982 e fez parte da segunda geração da no wave, mesma cena em que nasceu o Sonic Youth. Nesse primeiro momento, a música da banda era bem pesada (resvalando no metal), arrastada e repetitiva. A temática das letras girava em torno de morte, violência, crueldade. Imagine um disco do Slayer em rotação lenta: é mais ou menos isso. Em 1986, com a entrada da vocalista/tecladista Jarboe, o som do grupo começou a passar por um lento processo de mudança: o andamento deixou de ser tão lento, a repetição ad nauseum de uma mesma célula musical deu lugar a estruturas mais convencionais (baseadas em estrofes e refrões), o vocal ficou mais melodioso e as guitarras barulhentas abriram espaço para instrumentos acústicos. A agressividade do período inicial foi abrandada, sem que a banda se tornasse comercial ou perdesse seu caráter sombrio.

O bom de ver álbuns recentes de pessoas competentes e com pensamentos desnorteados de caos total é perceber a qualidade tecnológica aliada a sons realmente impactantes. My Father… é, acima de tudo, um álbum muito bem encaminhado e executado, desde as nuances de 9 minutos da faixa de abertura “No Words/No Thoughts” até a delicadeza imponente de “Little Mouth”. O que vale perceber é a mudança de espírito em cada faixa, que sai do mais puro silêncio inocente para tensões de graves repetitivos, algo muito claro na música “You Fucking People Make Me Sick”, que possui até participações leves de Devendra Banhart e da filha de 3 anos de Gira, para logo mais ser cortado por uma sinfonia assustadora.

O disco abre com "No words/no thoughts", uma pedrada de 9 minutos e meio em que uma sucessão de sinos, guitarras distorcidas e ruídos fantasmagóricos maravilham e massacram o ouvinte. Essa faixa possui duas características marcantes e que acompanham o álbum como um todo. A primeira delas é o uso da dinâmica. Em uma época de arquivos digitais em que o som é compactado e comprimido, é interessante ver uma banda trabalhar com diversas intensidades em uma mesma música. A passagem da serenidade para o caos pode se dar de maneira gradual (em crescendos) ou abrupta (se o Swans original trabalhava com uma constância que chegava a ser agonizante, agora há sempre uma surpresa no caminho). Já a passagem do caos para a serenidade é sempre instantânea, levando a uma sensação de alívio imediato, mas que não dura muito tempo. [...] No quesito susto, destaca-se "You Fucking People Make Me Sick". Com participação especial do bicho-grilo Devendra Banhart e da filha de três anos de Gira nos vocais, a faixa começa com um clima meio hippie e inocente. Até que, sem nenhum aviso prévio, as vozes e violões simplesmente somem, dando lugar a um bumbo grave e a um piano literalmente socado. Trompetes e trombones dissonantes e assustadores completam o filme de terror sonoro que se desenrola por dois minutos.

Agora o que mais me impressionou nas semelhanças não foi nem que ambos falamos que no começo o som do Swans era mais agressivo e ligado ao metal e com o passar dos anos isso foi mudando sem que a banda perdesse o caráter sombrio, ou que uma das características marcantes do novo disco é a mudança abrupta de climas, ou ambos termos destacado que a faixa de abertura tem 9 minutos, ou mesmo usado a palavra "assustador" para falar da faixa You Fucking People Make Me Sick. O que me deixou mais impressionada é que esses trechos que selecionei aparecem exatamente na mesma ordem nos dois textos: sim, os dois começam com Gira dizendo que não é uma reunião, seguem para a origem e história da banda e aí entram na descrição de faixas do disco novo.

Sei não, mas me parece que rolou uma inspiração aí - ou então esse foi um caso bizarro que coincidência como quando eu e uma amiga do colegial sonhamos na mesma noite que estávamos em Alto Paraíso com nossos pais e uma cobra aparecia. Vou botar o link pra esse post nos comentários de lá. Esperemos a resposta do autor.

ps: não tô acusando ninguém de nada e mesmo que tenha rolado uma chupinhação cara-dura não vou fazer escândalo - até porque sou a favor do copyleft e tal. Mas sei lá, talvez um agradecimentozinho fosse gentil. Ou me pagar uma cerveja da próxima vez.