sexta-feira, 8 de abril de 2011

Desculpe pelo sangue...


Era uma vez uma banda norueguesa de black metal chamada Mayhem. O vocalista do grupo, um sueco que atendia pelo pseudônimo Dead, era um cara esquisitão, calado e depressivo que tinha hábitos excêntricos como por exemplo recolher animais mortos das ruas e guardá-los em sacos plásticos para poder inalar “o odor da morte” antes de subir no palco. Quando criança, Dead teve uma experiência de quase morte e desde então ficou obcecado pelo tema, tanto que nos shows usava um tipo de maquiagem cadavérica que ficou conhecido como corpse paint e se tornou uma das marcas do black metal. Dia 8 de abril de 1991, a fantasia engoliu a realidade e Dead se matou. Até aí não seria nada de muito surpreendente, dado o histórico do garoto. Mas as circunstâncias do suicídio e os acontecimentos que se sucederam fazem da morte de Dead a mais macabra da história do rock. Vamos a eles:

- Dead não se matou de um jeito simples: primeiro cortou os pulsos e saiu sangrando pela casa toda e só depois deu um tiro de espingarda nos miolos;
- A última frase da carta de suicídio era: “Desculpe por todo esse sangue”;
- Dead dividia a casa com outros integrantes da banda. O primeiro a chegar no local e encontrar o cadáver do amigo foi o guitarrista, Euronymous. Em vez de ligar para a polícia, chamar uma ambulância ou simplesmente sentar e chorar, ele sacou uma câmera fotográfica e fez várias imagens de Dead com os miolos estraçalhados. Uma das fotos virou capa de bootleg;
- Aproveitando a oportunidade, Euronymous também recolheu alguns pedacinhos do crânio e transformou em um colar. Dizia ele que também tinha comido um pedaço do cérebro do morto, mas Euronymous dizia um monte de merda para parecer fodão, então pode ser que fosse só bravata – ou não;
- Enojado com as atitudes de Euronymous, o baixista Necro Butcher saiu da banda. Foi substituído por Varg Vikernes, um rapazinho que estava em guerra contra o cristianismo e que dali a dois anos e pouco assassinaria Euronymous com mais de vinte facadas.

A parte boa de toda essa sangreira é que Attila Csihar foi chamado para gravar o primeiro álbum da banda, De Misteriis Dom Satanas. Em 2004, ele entrou de vez pro Mayhem, onde premanece até hoje - mês passado o grupo fez um show fudido em São Paulo.

Mas fiquemos com Dead e toda a tosqueira froun rél dos primórdios do Tr00 Norwegian Black Metal:





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