Nessas obras, Branca também explora diversas possibilidades sonoras, entre elas os acordes cluster (para isso, as cordas da guitarra são afinadas em uma mesma nota, só variando a oitava: as duas mais graves em mi, as duas intermediárias em mi uma oitava acima e as duas mais agudas em mi duas oitavas acima), os microtons, os fenômenos acústicos (sons que não estão na partitura, mas que aparecem por causa do volume, da distorção e da interação entre as várias guitarras).
Para atingir os efeitos sonoros desejados, algumas vezes Branca se viu obrigado a botar a mão na massa e criar os instrumentos que pudessem levar para o mundo real os sons que tocam na sua cachola. Esse é o caso da mallet guitar, espécie de guitarra percussiva utilizada na belíssima Sinfonia n. 2, e dessa guitarra-de-duas-cabeças:

A mais famosa das sinfonias para guitarra é a número 6, batizada de Devil Choirs at The Gates of Heaven, sobre a qual já falei um pouco aqui.
No vídeo abaixo, uma apresentação completa com as sinfonias 8 e 10, chamadas de Mysteries. O áudio do iutubiu não faz jus à complexidade sonora das peças, mas vale a pena ver:
Neste link, há um artigo do Village Voice em que Branca comenta cada uma de suas sinfonias. Recomendadíssimo.
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