sexta-feira, 3 de junho de 2011

SWANS: de novo e de novo e de novo

Será que se eu mentalizar todo dia "O Swans vem pro Brasil o Swans vem pro Brasil", o Swans vem pro Brasil?

Olha só os caras no Primavera Sound, que rolou em Barcelona no fim de maio:





O Swans talvez seja o único caso de banda que ressuscitou ainda melhor do que já era. Adoro as primeiras coisas dos caras e esquisitices como Soundtrack for the Blind, mas o disco que eles lançaram ano passado é a síntese perfeita da linguagem do grupo, e a formação atual com dois percussionistas está animalesca - mesmo que sem a Jarboe...

Uma das características mais legais do Swans é que, passando pela discografia do grupo, é possível visualizar direitinho como o estilo deles foi sendo criado. Óbvio que quando lançaram The Burning World, mais "pop" e bem menos inspirado que os trabalhos anteriores, deve ter sido um choque para os fãs. Mas hoje dá para perceber como a passagem pela canção mais tradicional foi fundamental para que eles pudessem voltar a fazer música com altas doses de energia negativa, mas sem o caráter de repetição excruciante do início - que foi uma puta sacada na época, mas se desgastou rapidamente.

O fato é que o Swans pode até ter feito alguns discos não tão bons quanto os outros, mas o grupo nunca incorreu no erro de se tornar cover de si mesmo (oi, Alice in Chains). E é por isso que eles estão aí, tiozões de camisa social, quebrando tudo.

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